A Origem dos nomes dos orbitais s, p, d e f
Em 1937 o físico britânico A. C. Candler dividiu a história da espectroscopia em quatro períodos: acústico, das séries, quântico antigo e da mecânica quântica. O primeiro período iniciou com as medidas do comprimento de onda (analogia das ondas sonoras.) e a continuidade dos trabalhos de Boltzmann, Liveing e Dewar até 1881. Em 1885, Johann Balmer estabelece uma fórmula emperica interralacionando as quatros linhas espectrais do hidrogênio, sugerindo o nome de séries como forma de estender esse princípio para outros elementos. No caso dos alcalis o grupo de cientístas alemãs do grupo de Heinrich Kayser e Carl Runge e também Johannes Rydberg demonstraram que estes metais possuiam três séries independentes, conhecidas como series difusas (1890).
O terceiro período foi caraterizado pela tentativa de um modelo atômico, iniciando com Bohr em 1913. Nesta época um modelo atômico consistente com as fórmulas desenvolvidas para séries espectrais foram usadas para o átomo de hidrogênio, sendo introduzida uma variedade de esquemas de quantitzações para outros átomos da tabela períodica. A mecânica quântica iniciou em 1920 com as publicações dos trabalhos de Linus Pauli, Stoner, Main Smith, estabelecendo o modelo atômico com configurações eletrônicas segundo suas relações nos períodos atômicos. Essa descoberta é normalmente atribuída a Bohr em 1922, infelizmente isso é incorreto. Na verdade o primeiro cientísta a citar as configurações eletrônicas foi Max Born em uma trabalho publicado em 1925 (Vorlesungen über Atommechanik), em que este cientista relaciona a configuração eletrônica com a tabela períodica. Dois anos depois Hund amplia o conceito no trabalho intitulado Linienspektren und periodisches System der Elemente (1927). Na versão de Hund, é usado o costume de Bohr de nomear as várias camadas eletrônicas e subcamadas de 31, 32, 33, etc. No seu trabalho Hund trocou os termos anteriores por uma série de notações (s, p, d e f), que eram usadas por Sommerfeld e outros para abreaviar uma série de constantes. Assim, a partir de 1930, a notação s, p, d e f começa a ser divulgada na literatura.
Referência:
JENSEN, W. B. The Origin of the s, p, d, f orbital labes, Journal Chemical Education, 2007, v. 84, n. 5, 757-758.
JENSEN, W. B. The Origin of the s, p, d, f orbital labes, Journal Chemical Education, 2007, v. 84, n. 5, 757-758.