10 – Armênia
Cerca de 33% de toda a energia consumida na Armênia vem de fontes
atômicas. Ou melhor, de um único lugar, o complexo nuclear de Metsamor,
considerado um dos mais perigosos do mundo. Em 1988, a usina chegou a ser
fechada depois de um terremoto atingir o país. Mas, sete anos depois, ela foi
reaberta sem nenhuma melhoria ter isso feita no sistema de segurança. Há
estudos em andamento para a instalação de mais um reator.
Nono país mais dependente de energia
nuclear, a Coreia do Sul conta com 23 usinas para produzir 147 bilhões de kWh
necessários para abastecer 34,6% da demanda. Segundo a ONG World Nuclear,
quatro reatores estão em construção atualmente no país, e outros cinco estão em
fase de planejamento.
Quase 40% da energia consumida na
Suécia vêm de usinas nucleares. Somadas, as dez centrais do país produzem
anualmente 58,1 bilhão de kWh. Aos olhos do governo local, o uso da energia
nuclear (que não gera emissões de gases efeito estufa) é uma maneira de
diminuir a participação sueca no processo de aquecimento global.
Atualmente, 40,8% da eletricidade
consumida na Suíça vêm da energia nuclear gerada por cinco reatores. O país,
que produz anualmente 25,7 bilhões de kWh, estuda, no entanto abandonar a
energia atômica até 2034. Para compensar a saída de cena das atuais centrais
nucleares e garantir a segurança energética do país, o governo helvético
promete investir pesado na geração alternativa a partir de fontes renováveis,
como hidráulica, solar e eólica.
Localizada a 120 quilômetros da
capital, fica a única usina nuclear da Eslovênia. A central atômica de Krsko
produz anualmente 5,9 bilhões de KW, que abastecem 41,7% das casas, prédios,
indústrias e outras unidades consumidoras do país. Há uma proposta para
implementar mais uma central, mas a ideia ainda aguarda aprovação.
Quatro centrais nucleares são
responsáveis pelo suprimento de 43,2% da energia consumida na Hungria. Há
propostas de implementação de mais dois reatores no país, que produz anualmente
14,7 bilhões de kWh, equivalente à produção brasileira.
4 - Ucrânia
Palco de um dos piores acidentes
nucleares da história, na usina de Chernobil, a Ucrânia é o quarto país que
mais consome energia nuclear no mundo. Por ano, seus 15 reatores em atividade
produzem 84,9 bilhões de kWh de energia nuclear, montante que supre 47,2% das
necessidades energéticas do país. Atualmente, existem duas novas usinas em fase
de implementação e propostas sob análise para criação de mais 11 reatores.
Na Eslováquia, a energia nuclear supre
54% das necessidades do país. Quatro reatores são responsáveis pela produção
anual de 14,3 bilhões de kWh. Outras quatro centrais estão sendo construídas,
duas estão em fase de implementação e mais uma encontra-se em estudo pelos
governantes do país.
Mais da metade de toda a energia
consumida na Bélgica (54%) vem de usinas nucleares. Seus sete reatores operantes são antigos e às vezes
apresentam problemas, como fissuras que em agosto obrigou o fechamento de uma
das centrais.
Em 1999, o país anunciou a
descontinuação de seu programa nuclear durante 40 anos, mas acabou retomando-o
em 2000. A Bélgica produz 14.8 bilhões de kWh de fontes nucleares, o triplo da
geração brasileira.
1 - França
A França é o país mais dependente dessa fonte de energia radioativa, que representa 77,7% da matriz energética. Os dados são da
ONG World Nuclear Power e foram atualizados em setembro.
Anualmente, os franceses produzem 423 bilhões de kWh, perdendo só para os
Estados Unidos.
Não à toa, a energia nuclear é um dos principais pontos de debate do programa dos candidatos à
eleição presidencial. No país, existem 58 reatores em operação, além de um em
construção, outro na fase de planejamento, e um terceiro cuja proposta ainda
está sendo estudada.
Fonte: EXAME