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9 de out. de 2014

A Química explica a cor, a ignorância define seu preconceito.


A cor da pele se deve à quantidade de um polímero natural, a melanina, um pigmento biológico que é produzido na epiderme. Esse polímero é quimicamente considerado de massa e complexidades variáveis, sendo sintetizados pelos melanócitos. Os melanócitos são células situadas na camada basal da pele, entre a epiderme e a derme. A produção da melanina pelos melanócitos é feita a partir da oxidação progressiva do aminoácido tirosina.
A melanina que dá o tom da pele é produzida no melanócito.
Assim, quanto maior a quantidade de melanina produzida, mais escuro será o tom da pele e vice-versa.
Isso nos leva a concluir que toda forma de pele possui a mesma constituição. Não só a pele, mas toda forma de vida possui basicamente a mesma essência: átomos que se combinam para formar moléculas, que, por sua vez, reagem formando os mais diversos compostos. Esse ciclo é interminável, pois o número de átomos que forma o universo é praticamente constante, sendo trocados a cada momento entre os seres vivos e o ambiente.

Portanto, será que faz algum sentido nos considerarmos superiores uns aos outros, sendo que todos temos a mesma origem? Ou julgar e ter preconceito pela pessoa somente pelo fato de produzirmos mais ou menos melanina que ela? Não deveríamos valorizar mais os neurônios do que os melanócitos?

-Realmente, não faz nenhum sentido. O caráter de uma pessoa independe da cor da pele; por isso, devemos exterminar toda e qualquer espécie de preconceito.

Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química


[Polímero: molécula grande que é formada pela união de moléculas menores – unidades chamadas monômeros – através de uma reação denominada polimerização. // Melanócitos: são células produtoras de melanina. // Aminoácidos: são moléculas que contêm simultaneamente grupos funcionais amina e ácido carboxílico.]